Planeamento Financeiro
Plano financeiro
O Plano Financeiro visa em cada exercício balancear as
origens dos findos necessários ao projeto e as respetivas aplicações a fim de
garantir um adequado financiamento do projeto e a ausência de insuficiências ou
excessos de tesouraria.
A avaliação propriamente dita do projeto prescinde do
plano financeiro, sobretudo tendo em conta a metodologia novamente utilizada na
avaliação de projetos:
1ª Etapa:
Avaliação da decisão económica através do cálculo do VAL,
supondo que o projeto é financiado exclusivamente por capitais próprios.
2ª Etapa:
Avaliação de decisão de financiamento com o cálculo do
VALA atendendo exatamente às fontes de financiamento previstas.
Contudo, o Plano financeiro
é uma peça fundamental porque ao apresentar de forma dessegregada as necessidades financeiras do projeto
(investimento em capital fixo, investimento em fundo de maneio necessário,
reembolso de empréstimos, custos financeiros de financiamento, etc.) e os recursos financeiros associados ao
projeto (meios libertos brutos, aumento de capital social, desinvestimentos,
etc.) materializa as decisões financeiras de investimento, de financiamento e
de distribuição de resultados no quadro temporal do projeto de investimentos.
Visa em cada exercício balancear as origens de fundos
necessários ao projeto e as respetivas aplicações a fim de garantir um adequado
financiamento do projeto e a ausência de insuficiências ou de excessos de
tesouraria.
A nível dos aspetos gerais a adotar na elaboração do
plano financeiro é de salientar:
1.
Os Meios
Libertos Brutos (MLB) são o indicador que estabelece a ligação entre a
Demonstração de resultados líquidos e o Plano financeiro,
2.
Os Investimentos
em capital fixo resultam do orçamento de investimento. O registo é efetuado
atendendo às datas previsíveis de pagamento e não às datas de realização
material dos investimentos,
3.
Os investimentos
em Fundo de maneio necessário (FMN) são necessidades financeiras, enquanto
os desinvestimentos constituem recursos financeiros,
4.
Os Investimentos
em FMN devem excluir as reservas de segurança de tesouraria, porque as
disponibilidades anuais são determinadas pela diferença entre os recursos
financeiros e as necessidades financeiras,
5.
Os reembolsos
dos empréstimos bancários, bem como os custos financeiros de financiamento
resultam dos mapas de serviço da dívida,
6.
As remunerações
dos sócios, a existirem, correspondem a uma necessidade financeira apenas
no exercício económico em que é efetivamente desembolsada.
Balanços previsionais:
Na avaliação económica do projeto elabora-se a DR líquido
para apurar os ML do projeto, assumindo que este é financiado exclusivamente
por Capitais Próprios.
Poderá corrige-se
a DR líquidos no sentido de a tornar mais próxima da realidade, pois registam
os rendimentos e os gastos previsionais do projeto e apuram os resultados.
Incluem os encargos financeiros inerentes ao projeto,
independentemente do momento em que ocorra o pagamento e fornecem os elementos
destinados às estimativas dos futuros impostos e distribuição de dividendos.
Por conseguinte, é
aconselhável elaborar as Demonstrações Financeiras em duas fases:
1ª Fase: procede-se à determinação dos MLB,
2ª Fase: Após elaboração do Plano financeiro procede-se à
sua conclusão.
Os MLB
constituem o elo que estabelece a ligação entres a DF e o Plano Financeiro.
Os Balanços
previsionais registam a evolução patrimonial do projeto e permitem estudar
a evolução da situação financeira do projeto.
O Balanço é particularmente útil na prespetiva dos seus
financiadores, pois oferece uma prespetiva da estrutura financeira do projeto
ao longo da vida útil.
Procuram apurar os meios libertos do projeto, assumindo
que este é financiado exclusivamente por capitais próprios, numa 1ª fase.
FIM
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